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28 de junho de 2022
Em ano de protestos do Greenpeace, para convencer a publicidade a não trabalharem para empresas que produzem ou usam combustíveis fósseis, a ação nacional de melhor performance foi criada justamente para a ONG ambiental
Em ano de protestos articulados pelo Greenpeace, para convencer a publicidade a não trabalharem para empresas que produzem ou usam combustíveis fósseis, a ação nacional de melhor performance foi criada justamente para a organização não governamental ambiental
O mais comedido Cannes Lions da última década em termos de concessão de prêmios terminou na sexta-feira, 24, somando a entrega de 826 troféus, sendo 70 deles para agências atuantes no Brasil. Com liderança de Africa (2 Ouros, 6 Pratas e 7 Bronzes), VMLY&R (2 Ouros, 3 Pratas e 6 Bronzes) e David (2 Ouros, 3 Pratas e 3 Bronzes), o País colecionou durante a semana passada 10 Leões de Ouro, 21 de Prata e 39 de Bronze. Desta forma, a Africa conseguiu manter o primeiro lugar, que já ocupou em 2021 e 2018 (confira o ranking nacional mais abaixo).
Apesar de ter conquistado três troféus a mais que na edição anterior, o Brasil andou na contramão, já que aumentou em 31% seu volume de peças, chegando a Cannes com 1.930 concorrentes, ante queda global de 12% no total de 25.464 trabalhos inscritos. No total de prêmios concedidos, o festival diminuiu em 16% os eleitos nas suas 29 competições em comparação ao ano passado. Considerando o total de inscrições, Cannes premiou 3,24% dos concorrentes em 2022, um índice um pouco menos que os 3,38% de 2021, mas um pouco maior que os 2,85% de 2019.
O total brasileiro de 70 prêmios coloca 2022 como o segundo menor desempenho em número de troféus desde 2012, acima apenas dos 67 de 2021 (em 2011 foram 65; e o recorde são os 116 de 2014).
Ao contrário das edições anteriores, o Brasil não conquistou nenhum Grand Prix em 2022, o que contribui com a sensação de que o País saiu desta edição do festival sem deixar um case marcante. A mais premiada foi “Los Santos +3°C”, da VMLY&R para Greenpeace.
Curiosamente, o Cannes Lions e a indústria publicitária foram alvo durante o evento de manifestações inéditas, articuladas justamente pelo Greenpeace, com o objetivo de convencer os agentes da publicidade a não mais trabalharem para produtos e marcas de empresas que produzem ou usam combustíveis fósseis, como os casos de companhias aéreas, empresas de óleo e carros poluidores.
Veja, a seguir, as campanhas brasileiras de melhor performance no Cannes Lions 2022:
1ª “Los Santos +3°C”, da VMLY&R para Greenpeace: 2 Ouros (Entertainment e Entertainment for Sport) 2 Pratas (Entertainment e Direct) e 2 Bronzes (Direct e Radio & Audio)
2ª “Cabelo cremoso”, da Africa para Brahma: 1 Ouro (Social & Influencer), 4 Pratas (Direct, Entertainment for Sport, Media e Social & Influencer) e 2 Bronzes (Brand Experience & Activation e Social & Influencer)
3ª “Burger Glitch”, da David para Burger King: 2 Ouros (Brand Experience & Activation e Mobile), 1 Prata (Direct) e 2 Bronzes (Mobile e Social & Influencer)
4ª “The Refugee Jatoba”, da Africa para Articulação dos Povos Indígenas do Brasil: 1 Ouro (Outdoor), 2 Pratas (Outdoor e Direct) e 2 Bronzes (Outdoor e Social & Influencer)
5ª “Nova marca”, da Tátil para Rio Carnaval: 2 Ouros (Design e Industry Craft)
6ª “Heinz Hidden Spots”, da Gut para The Kraft Heinz Company: 2 Pratas (Direct e Media) e 2 Bronzes (Brand Experience & Activation e Social & Influencer)
7ª “#VozPreta”, da FCB para Revista Raça: 1 Prata (Creative Data) e 4 Bronzes (2 em Direct, 1 em Digital Craft e 1 em Mobile)
8ª “Ostentação da Cultura”, da Gut para Mercado Livre: 1 Prata (Entertainment for Music) e 2 Bronzes (Creative B2B e Creative Commerce)
*Considerando 15 pontos por Leão de Ouro, 7 pontos por Leão de Prata e 3 pontos por Leão de Bronze.
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