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11 de março de 2022
Braço executivo da UE está investigando o acordo, chamado “Jedi Blue”, para descobrir se foi usado para limitar a concorrência.
A Comissão Europeia anunciou nesta sexta-feira (11) que abriu uma investigação sobre um acordo assinado em 2018 pelas gigantes Google e Meta (matriz do Facebook), que supostamente consolidaria a sua posição dominante na publicidade online.
O braço executivo da União Europeia disse que está investigando o acordo, chamado “Jedi Blue”, para descobrir se foi usado para “limitar a concorrência em um mercado altamente concentrado”.
“Jedi Blue” já está sendo investigado nos Estados Unidos, onde os dois grupos são acusados de terem assinado um acordo ilegal para aproveitar o domínio no mercado de publicidade online.
Da mesma forma, a Comissão Europeia suspeita que Facebook e Google tenham manipulado, em detrimento de seus concorrentes, o sistema ultrassofisticado que determina quais anúncios são exibidos em páginas da web com base no perfil anônimo do usuário na internet.
Em comunicado, a Google destacou que “as alegações apresentadas neste caso são falsas” e garantiu que o acordo com a Meta “é um acordo publicamente documentado e a favor da concorrência”.
Por sua vez, a Meta indicou sua disposição de cooperar com as investigações, mas insistiu que o acordo permitia “um aumento de valor para anunciantes e publicitários” e que isso gera “melhores resultados para todos”.
Na prática, a Google fornece a tecnologia que serve de ponte entre anunciantes e editores de sites leiloando espaço publicitário online em tempo real. Por sua vez, a Meta (Facebook) presta serviços de visualização de publicidade online e participa em leilões de espaços publicitários de terceiros, particularmente por meio das tecnologias Google.
No final de 2020, a Google foi alvo de três processos antimonopólio nos Estados Unidos, principalmente após seu acordo com o Facebook. O acordo “Jedi Blue” também está sendo investigado pela Autoridade de Concorrência do Reino Unido.
A diretora da Autoridade Britânica, Andrea Coscelli, destacou que a entidade não hesitará em “analisar o comportamento das grandes empresas de tecnologia”.
Bruxelas já havia anunciado em junho de 2021 a abertura de uma investigação contra a Google por práticas anticoncorrência em tecnologias de visualização de publicidade online.
Confira matéria no G1
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