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4 de maio de 2023
No mês passado, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou decreto com diretrizes que marcam a evolução do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T) para a TV 3.0. A determinação propõe que seja criado um grupo de trabalho que será responsável pelos estudos, com o objetivo de apoiar a implementação e uso de tecnologia pelas emissoras.
Por isso, o decreto diz que: o novo sistema deve garantir qualidade audiovisual superior à da primeira geração do SBTVD-T; a recepção deve ser fixa, com antena externa e interna, e móvel; deve haver integração entre conteúdo transmitido pelo serviço de radiodifusão e pela internet; tem que ter interface de usuário baseada em aplicativos; deve haver segmentação de conteúdo de acordo com a localização geográfica dos telespectadores; a personalização de conteúdo deve estar de acordo com as preferências dos telespectadores; deve ser feito uso otimizado do espectro de radiofrequências destinado ao serviço de radiodifusão de sons e imagens e aos serviços ancilares; e devem ser oferecidas novas formas de acessar conteúdos culturais, educativos, artísticos e informativos.
Segundo o secretário de radiodifusão do Ministério das Comunicações (MCom), Wilson Wellisch, a TV 3.0 será mais dinâmica. “A TV será muito mais dinâmica e conectada à internet, fazendo, por exemplo, com que aquele modelo de canais de TV aberta em que aparece número por número seja substituído por uma navegação por aplicativos, com muito mais possibilidades de exibição de conteúdos”, explicou, em comunicado realizado pelo governo sobre o projeto.
Assim como o processo de digitalização da TV no País, a TV 3.0 deve gerar mudanças significativas na forma como os brasileiros vão consumir os produtos televisivos. Como esse processo se trata da melhoria tecnológica do sistema de televisão brasileiro, é provável que seja necessária a mudança nos equipamentos receptivos.
Segundo o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD), essa mudança deve impactar primordialmente a experiência do espectador, mas será necessário um suporte operacional.
O processo da experiência e personalização das formas de entrega devem fazer parte das entregas para os espectadores. Exemplos disso são as diretrizes do MCom em ter mais segmentação geográfica, o que faz com que o conteúdo seja distribuído de forma regional. Além disso, as novas formas de navegação pelo conteúdo também podem causar mudanças estruturais nos televisores.
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