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4 de novembro de 2021
Bancas de jornais autofinanciáveis, com telas digitais, wi-fi, espaço para anúncios Out Of Home (OOH) e possibilidade de contabilizar o número de visitantes com estatísticas a partir de interface com celulares. A proposta foi apresentada na Comissão de Logística da Aner pelo presidente do Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas de São Paulo (Sindjorsp), José Antônio Mantovani.
O projeto Revistaliza Banca vem sendo aprimorado desde 2016 e precisa da alteração de leis municipais para ser colocado em prática. No encontro por videoconferência com os publishers, Mantovani foi buscar apoio para seguir com o projeto.
“O jornaleiro é um PDV como um outro qualquer e que está sofrendo as consequências de um poder de compra cada vez menor da população brasileira. Isso impacta também em seus fornecedores que também estão com cada vez menos verba para investir em seus pontos de venda e, aí, a roda começa a travar, como está travando em vários outros segmentos. Daí a necessidade de buscar receitas de fora desse mercado e, de preferência, em outro mercado, onde exista dinheiro para investimentos”, explicou.
De acordo com Mantovani, o projeto permite às bancas terem uma receita extra, além do negócio de venda de jornais e revistas impressos, seriamente prejudicado com a pandemia.
“Há colegas com problemas de caixa e investimentos. Essa receita extra irá turbinar um novo modelo de banca autofinanciável, com tecnologias de wi-fi, monitores internos, telas digitais externas que propiciarão não só a divulgação das capas das revistas, mas também de teasers de matérias e outros conteúdos que as editoras quiserem incluir nesse espaço e que hoje não são veiculadas devido aos altos custos que isso envolve”, explica Mantovani, referindo-se à intermediação de agencias de OOH no negócio. “O projeto de tecnologia também inclui a possibilidade de identificar as preferências do público passante e oferecer um título de acordo com perfil do visitante”, informa.
Para colocar o projeto em prática, no entanto, é necessário promover mudanças nas leis municipais de São Paulo, que atualmente não permitem as modificações. A polêmica gira em torno de poluição visual e adequação de publicidade, com o pagamento de um percentual dos rendimentos à prefeitura. Em 2016, o Sindjorsp preparou e apresentou o Projeto de Lei 236/16, que não foi aprovado. A ideia, agora, é retomar os esforços com o apoio da Aner.
“A gente tem que gerar dinheiro de fora do mercado. O problema é que para gerar essas receitas com venda de espaço, precisamos mudar a lei”, afirma Joaquim Carqueijó, publisher da Edicase. “Avaliamos o projeto e resolvemos conversar com a Associação Nacional de Jornais (ANJ) para formar uma comissão e levar o projeto novamente à prefeitura”, explicou a diretora-executiva da Aner, Regina Bucco.
Para Mantovani, a participação nas Comissões e o apoio da Aner é muito importante para a categoria:
“Eu tenho absoluta certeza de que um projeto só será possível se encontrarmos soluções coletivas antes das questões individuais. Desta forma, as comissões são o modo mais efetivo para encontrar soluções viáveis a cada editor. É complexo, mas eu não vejo outra saída”.
Confira matéria completa no site da Aner
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