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10 de novembro de 2022
Pesquisa da Nielsen revela as características dos consumidores negros no Brasil
O estudo “Afroconsumo: O protagonismo preto no consumo brasileiro”, divulgado nessa terça-feira, 8, pela Nielsen, aponta que 67,6% da população preta/parda fizeram compras online nas últimas quatro semanas.
E entre as as categorias de maior gasto para esses consumidores, produtos de higiene, moda e beleza são as principais.
Além disso, os dados também revelam as intenções de compra dos consumidores negros para o final do ano: 47,8% do grupo pretende comprar perfumes e fragrâncias no Natal e 62% têm intenção de comprar eletrodomésticos na Black Friday.
Já com relação ao poder de compra dos consumidores negros, o estudo revelou que 73,2% possuem uma atividade remunerada e 48,8% afirmam ter uma renda mensal de dois até quatro salários mínimos. De todos os entrevistados para a pesquisa, 56% se identificam como pretos/pardos e 44% como pessoas brancas. Ao mesmo tempo, dos correspondentes pretos e pardos, 63,3% são mulheres e 29,5% têm entre 24-35 anos, enquanto outros 25,0% da amostra de pessoas brancas têm entre 24-35 anos.
Sob o mesmo ponto de vista, o estudo mostrou também a realidade dos produtos voltados para a comunidade. Segundo os dados, um a cada quatro entrevistados pretos/pardos acreditam ser razoavelmente difícil encontrar produtos para pessoas da comunidade
.
Dos produtos existentes, o grupo acredita ter mais opções no ramo da beleza (62,80%), se comparado com saúde (28,50%) e educação (17,63%), por exemplo.
A pesquisa também investigou a visão desse grupo de pessoas em relação à publicidade. Questionados sobre a etnia das pessoas que aparecerem nas publicidades mais recentes que viram, 87,2% de todos os entrevistados se lembram de ver pessoas brancas, enquanto 72% lembram de ver pessoas pretas.
Apesar disso, 66,9% da população preta/parda se sente próxima ou muito próxima das ações que as marcas fazem voltadas para o público negro. Nesse sentido, com relação a representatividade, para a comunidade preta e parda, há muita presença em séries e filmes. Porém, afirma que há pouca pessoas pretas/pardas em novelas e vídeos longos e curtos.
Além das intenções de compras, o estudo detalhou o consumo de mídia. Segundo os dados, 33,8% da população preta/parda utiliza o smartphone por mais de 20 horas por dia e 54% consideram uma alta representatividade de
pessoas pretas nos conteúdos que estão consumindo no meio digital.
Neste sentido, os conteúdos mais interessantes para a população preta/parda criados por influencers são: música em primeiro lugar com 56%; séries em segundo, com 48%; filmes em terceiro, com 45%; saúde e beleza em quarto, com 42%, e culinária em quinto, com 40%.
Já no universo de streaming, das plataformas que a comunidade costuma assistir a filmes, séries e documentários aparecem, em ordem: Netflix (88%), Amazon Prime Video (55%), HBO Max (43%), Disney+ (36%) e Paramount (16%).
Confira matéria no Meio e Mensagem
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