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13 de dezembro de 2021
Ideia é buscar e manter diálogo entre players com a convicção de que ambiente controlado não tem lugar no negócio
Criado em 1998 sob a liderança do publicitário Petronio Correa, o Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) tem a partir desta segunda-feira (13) o seu terceiro presidente: Luiz Lara. Ele é executive chairman da Lew’Lara\TBWA. Vai suceder Caio Barsotti, que deixou a posição por decisão do conselho da entidade. Lara será exatamente o líder do conselho multidisciplinar da entidade, sem remuneração, mas terá um profissional do mercado que vai estar no seu dia a dia.
A escolha de Lara é resultado de uma análise feita pela consultoria ToF, de Silvio Genesini, que montou grupo de executivos para fazer uma radiografia dos pontos necessários para uma disrupção no Cenp, que busca modernização aos novos tempos para não ficar preso às regras comuns em outra fase do mercado, que é dinâmico e tem como característica a adaptação para novos cenários.
“De lá para cá muita coisa mudou e nos últimos anos a aceleração da nossa indústria foi exponencial. E com a transformação digital, a globalização e a mudança de comportamento dos consumidores surgiram novos modelos de negócios, agentes híbridos e formas de remuneração. Formando um ambiente multifacetado do nosso mercado publicitário, em que não cabe mais ambientes controlados. Essa nova realidade demanda direção e forma diferentes de agir. Precisamos atualizar o Cenp. Agora é um novo Cenp; uma nova bússola posicionada para ser um fórum do novo mercado em prol da perpetuidade. E da prosperidade de forma que continue trazendo benefícios econômicos e democráticos para o Brasil”, destaca Lara.
O executivo sustenta seu raciocínio sobre o peso da propaganda na economia fazendo menção ao recente estudo coordenado pela Deloitte e encomendado pelo Cenp, que mostra que para cada R$ 1,00 investido em ações de publicidade o ROI é oito vezes maior.
“Esse retorno de R$ 8,54 para cada real aplicado comprova que o sistema concorrencial livre continua a existir em respeito e consideração a empresas de todos os portes e o Cenp é o nacional. E tem de preservar esse ecossistema. A ideia é promover o Cenp para uma nova governança e de portas abertas. Onde anunciantes, veículos e agências tenham voz de igualdade. Como o Cenp é formado por entidades como Abap, Abert, Fenapro, Aner, Central de Outdoor, ABOOH, ANJ, ABMN e outras da área de comunicação, vamos buscar os players digitais com apoio do IAB. Já temos anunciantes no conselho, entre os quais o Igor Puga, liderança de marketing do Santander; Hermann Mahnke, VP de marketing da GM; Ariel Grunkraut, do Burger King; e Regina Patriciano, da PagueMenos. Mas vamos mostrar para a ABA que temos um ecossistema participativo”, planeja Lara. “Li o guia de boas práticas da ABA e concordo com o conteúdo ágil”, acrescenta.
Na nova gestão, o Cenp será menos fiscalizador e mais emulador de um mercado ético, livre e concorrencial, frisa Lara. “Vamos fazer isso com diálogo aberto e participativo com a presença de anunciantes e demais setores para conversar e atualizar as práticas comerciais. O que nos trouxe até aqui são valores que precisam ser conservados, mas que não nos levarão adiante. Eu acredito nessa mudança. A agenda é menos fiscalização e mais emulação das melhores práticas”, finaliza Lara.
Confira a matéria no Propmark.
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