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15 de fevereiro de 2022
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta 3ª feira (15.fev.2022) que o projeto de lei que estabelece regras para a liberdade e transparência no uso da internet deverá ser votado na próxima semana.
O relator do projeto 2.630 de 2020, deputado Orlando Silva (PC do B-SP) apresentou seu parecer a líderes de partidos da base do governo em almoço nesta 3ª feira na residência oficial da Câmara.
De acordo com Lira, Silva agora apresentará o texto a todas as bancadas da Casa. “Ele vai extrair dali um sentimento de votação ou alguma adequação de texto. Há temas polêmicos, mas vamos enfrentar a matéria, não tenho dúvida disso”, disse.
De acordo com o presidente da Câmara, Silva também está levando as mudanças que fez ao texto já aprovado pelo Senado para os próprios senadores para que, quando o projeto voltar a outra Casa, tenha andamento mais célere.
O projeto, que estabelece regras para o uso de redes sociais por autoridades públicas e determina penalidades para quem disseminar informações falsas, deverá ser votado na próxima semana.
Um grupo de trabalho aprovou a versão do texto de Silva no início de dezembro. A proposta proíbe que o presidente da República, deputados, governadores e outros ocupantes de cargos públicos bloqueiem usuários de visualizar suas postagens em redes sociais.
Além disso, sujeita os dados referentes a esses perfis à Lei de Acesso à Informação. O projeto determina que os provedores de redes sociais, serviços de busca e de mensagens criem um órgão de autorregulação.
Lira afirmou ainda que o projeto não pretende “fazer uma disputa nacional pelo Telegram”. “Nós não vamos fazer disso uma pauta nacional de um embate, como já existiram vários. […]. Não vamos fazer uma lei para determinado caso, determinada pessoa ou determinado objetivo”, disse.
De acordo com ele, Silva apresentou no almoço exemplos sobre como o Telegram acatou decisões judiciais na Alemanha. No último domingo (13.fev.2022), o aplicativo de mensagens bloqueou no país europeu 64 canais considerados desinformativos ou que agregavam discursos de “ódio e incitação”.
A informação é do jornal Süddeutsche Zeitung. A medida foi tomada depois de representantes do aplicativo se reunirem com a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser. Ela classificou a conversa como “produtiva”.
Confira matéria no Poder360
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