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Google viola seus próprios padrões para exibir anúncios, revela relatório

Fonte: Olhar Digital

28 de junho de 2023

Google viola cerca de 80% de seus padrões prometidos ao colocar anúncios em vídeo de outros sites, segundo o relatório da Adalytics, empresa especializada em publicidade que ajuda as marcas analisarem onde seus anúncios estão sendo exibidos na internet.

O levantamento, compartilhado com o The Wall Street Journal, compilou dados de campanhas publicitárias de mais de 1,1 mil marcas entre 2020 e 2023.

Quais são os padrões de publicidade do Google
  • Além dos anúncios exibidos no YouTube, o Google coloca publicidades em vídeo em outros sites através do programa Google Video Partners;
  • Para apresentar esses anúncios antes do vídeo principal exibido em páginas da web, o Google cobra determinada quantia, prometendo que os anúncios da empresa serão passados em sites de alta qualidade;
  • O Google também promete que as publicidades serão passadas com o áudio ligado;
  • O programa ressalta que as anunciantes pagarão apenas pelos anúncios em vídeo que não forem pulados ou ignorados.
Quebrando as próprias regras

De acordo com a Adalytics, a big tech teria colocado anúncios em vídeos pequenos, sem som e reproduzidos automaticamente ao lado do conteúdo principal de páginas. Além disso, anúncios apareceram em sites que não atendem aos padrões de monetização do Google.

Outro exemplo de publicidades fora do padrão prometido pelo Google Video Partners eram os anúncios que apareciam em sites de baixa qualidade com informações incorretas, conteúdo “clickbait” e páginas que publicavam conteúdo pirata.

Entre as principais marcas das quais os anúncios não foram exibidos de acordo com os padrões do Google estavam:

  • American Express;
  • Disney+;
  • Johnson & Johnson;
  • Macy’s;
  • Samsung;
  • Sephora;
  • The Wall Street Journal.

Anúncios de agências governamentais – por exemplo: Medicare, Exército dos EUA, Administração da Seguridade Social e o governo municipal de Nova York – também foram exibidos de forma inadequada.

Reclamações
  • Ao WSJ, uma porta-voz do Centro de Serviços Medicare e Medicaid disse que a empresa está preocupada com as informações divulgadas;
  • O senador norte-americano Mike Lee disse que o relatório mostra a mentira na afirmação feita pelo Google de que “tornou a publicidade digital melhor para todos os envolvidos”;
  • “Sinto-me enganado. O que pedi para comprar não foi o que recebi. Isso deve me dar direito a um reembolso por tráfego inválido”, disse Giovanni Sollazzo, fundador, presidente e executivo-chefe da agência de publicidade digital Aidem;
  • “Esta é uma quebra de confiança inaceitável por parte do YouTube. O Google deve corrigir isso e reembolsar totalmente os clientes por qualquer fraude e impressões que não atendam às próprias políticas do Google”, disse Joshua Lowcock, diretor global de mídia da agência de publicidade UM Worldwide.
Outro lado

O Google disse em comunicado que o relatório “faz muitas afirmações imprecisas e não reflete como mantemos os anunciantes seguros”.

“Como parte de nossos esforços de segurança de marca, removemos regularmente anúncios de sites parceiros que violam nossas políticas e tomaremos as medidas apropriadas assim que o relatório completo for compartilhado conosco”, Google, em comunicado.

Confira matéria no Olhar Digital

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Sobre

A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) foi fundada em 1º de agosto de 1949 para defender os interesses das agências de publicidade junto à indústria da comunicação, poderes constituídos, mercado e sociedade. Dentre suas realizações estão a cofundação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP), do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) e do Instituto Palavra Aberta.