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22 de novembro de 2022
Companhia firmou acordo com 40 estados norte-americanos garantindo maior controle aos usuários em relação à informação de seus dados de localização
O Google concordou em pagar um total de US$ 391,5 milhões a 40 estados dos Estados Unidos para resolver uma investigação sobre as práticas de rastreamento e localização da empresa. O acordo tem sido classificado pelas autoridades do país como o maior acordo de privacidade já feito.
A empresa da Alphabet diz que irá “melhorar significativamente” sua divulgação de rastreamento e localização e controles dos usuários a partir do próximo ano como parte do acordo, de acordo com comunicado divulgado na segunda-feira, 14, pela procuradora geral do Oregon, Ellen Rosenblum, que liderou as negociações junto de seu colega de Nebraska, Doug Peterson.
Ellen Rosenblum classificou as práticas do Google como “ardilosas e enganosas”. “Por anos o Google priorizou o lucro em vez da privacidade de seus usuários”, declarou ela. “Os consumidores achavam que tinham desativado suas ferramentas de localização no Google, mas a companhia continuava secretamente gravando seus movimentos e vendendo essa informação a anunciantes”, completou.
O tópico da localização tornou-se ainda mais sensível após a Suprema Corte dos Estados Unidos ter anulado o direito ao aborto, em meio a temores de que a polícia poderia usar os dados de movimentos das mulheres para localizá-las e impor as restrições estaduais.
O Google disse anteriormente que excluiria automaticamente os registros de visitas de usuários a locais considerados sensíveis, como clínicas de aborto.
A investigação de vários estados teve início após uma reportagem da Associated Press de 2018, que dizia que o “Google grava seus movimentos mesmo quando você explicitamente diz à empresa que não quer ser gravado”, de acordo com uma declaração da procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel.
Os estados citaram duas problemas com configurações de contas do Google: histórico de localização e atividades de web e app.
O Google argumenta que tais políticas já foram modificadas. “Consistente com as melhorias que fizemos nos últimos anos, resolvemos essa investigação baseada em políticas de produtos desatualizadas, que mudados há anos”, declarou o porta-voz da companhia, José Castañeda, em comunicado.
O Google pode rastrear a localização de usuários com sensores em seus
devices conectados a GPS, torres de celulares, wi-fi ou bluetooth, de acordo com o procurador-geral de Nova Jersey, Matt Platkin. “As plataformas digitais como o Google não podem alegar que fornecem esse controle de privacidade aos seus usuários e depois ignorar esses controles para vender ou coletar dados para anunciantes”, completou o procurador.
Em 2020, o estado do Arizona processo ou Google pela prática e, no início deste ano, fez um acordo de US$ 85 milhões. Essa reclamação acusava o Google de violação da Lei de Fraude do Consumidor do estado ao coletar dados de localização mesmo depois de os usuários terem rejeitado o recurso.
Dana Nessel, procuradora-geral de Michigan, disse que os requisitos de transparência do acordo dos 40 estados “garantirão que o Google não apenas informe seus usuários a respeito de como seus dados de localização são usados, como também alterem a configuração de sua conta se quiserem desabilitar às configurações relacionadas à localização, além de definir limites de armazenamento de dados.”
Separadamente, a Meta pagará US$ 90 milhões para resolver um processo de uso de cookies no navegador e do botão de like do Facebook para rastrear as atividades dos usuários. O acordo obteve aprovação final da corte da Califórnia no último dia 10.
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