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14 de março de 2022
Especialistas citam três perfis principais de criadores de fake news: os criadores de conteúdo que ganham dinheiro em redes sociais e sites; os que estão envolvidos com causas políticas por conta de convicção ou dinheiro; e os que criam as mentiras por humor e sátira. Série de vídeos do g1 tira as principais dúvidas das pessoas sobre fake news e dá dicas de como não cair em desinformação.
Nos últimos anos, fake news e desinformação se tornaram assuntos comuns entre os brasileiros. As mensagens falsas sobre máscaras, vacinas e isolamento social se proliferaram durante a pandemia e ganharam dimensões políticas, econômicas e de saúde pública. Esta é uma enxurrada de desinformação que só tem aumentado com a guerra na Ucrânia e a proximidade das eleições em 2022.
Para ajudar a entender as fake news e como combatê-las, o Fato ou Fake lançou no dia 7 de março, no g1 e no YouTube, uma série de vídeos que explicam o que está por trás deste fenômeno. Publicados semanalmente, os episódios mostram também o que fazer para não se tornar uma vítima da desinformação.
Para entender quem são as pessoas que estão por trás das mensagens falsas, o g1 conversou com diversos especialistas para entender o funcionamento das redes sociais e as possíveis motivações por trás da indústria da desinformação.
Segundo os especialistas, as principais motivações dos criadores de fake news costumam ser as seguintes:
Segundo os especialistas, as fake news se transformaram em um verdadeiro negócio nos últimos anos. E um negócio que pode ser bem lucrativo. Isso porque a forma como as redes sociais funcionam tornou a criação e a divulgação de mensagens falsas economicamente rentável. Basicamente, a lógica é: quanto mais cliques e visualizações, maior o retorno.
Pablo Ortellado, professor da USP e pesquisador sobre desinformação e política, concorda e explica que o financiamento vem do próprio funcionamento das redes sociais e das grandes plataformas na internet.
O professor Yurij Castelfranchi, da UFMG, diz que parte dos produtores de conteúdo se tornaram criadores de fake news porque perceberam que espalhar mensagens cheias de teorias de conspiração e mentiras chama a atenção das pessoas e, consequentemente, rende cliques e dinheiro.
“Um vídeo mais sério, que fala a verdade, em muitos casos é menos assustador, menos emocionante e te de deixa menos revoltado [que uma mensagem falsa]. Então, em geral, é menos compartilhado”, diz Castelfranchi.
Além dos produtores de conteúdo que trabalham de forma independente, Castelfranchi diz que existem pessoas que são pagas para criar desinformação. Ele cita alguns “trolls” como exemplo disso.
Segundo o professor, há uns anos, eram pessoas que apenas gostavam de “trollar” nas redes sociais; ou seja, tudo não passava de uma piada para ver o quanto sua mentira ia se espalhar e até quando iam levá-la a sério. Mas, de um tempo para cá, o negócio de profissionalizou.
“Tem fazenda em que algoritmo e robô trabalham juntos com seres humanos, construindo perfis falsos com o objetivo de fazer uma postagem bonitinha, um gatinho, um bicho fofinho[…]. Depois que as pessoas começam a confiar neste perfil, ele começa a semear outras coisas. Esse é o truque principal. Isso é muito usado na política, mas também por motivos empresariais”, diz Castelfranchi.
No campo da política, além de poder ter dinheiro envolvido, outro fator importante é a ideologia das pessoas. Isso porque tem aqueles que se envolvem na criação e disseminação de fake news por conta das suas convicções políticas, como diz Ortellado.
“Além disso, tem as ações dos militantes e dos trolls, que são pessoas que tumultuam o debate político, que entram em comentários e disputas argumentativas e que atrapalham a conversa civil sobre política.”
David Nemer, da Universidade da Virgínia, diz que esta relação entre fake news e política se tornou ainda mais forte depois das eleições de 2018, quando as redes sociais ganharam destaque nas campanhas políticas.
O cientista político e professor da UFMG Felipe Nunes dos Santos ainda cita um terceiro grupo de criadores de fake news: aqueles que estão envolvidos com humor e sátiras.
“São os humoristas, o grupo de sátira. É gente que vai usar a fake news muito mais como uma oportunidade de humor. Em geral, esse grupo explicita a construção da fake news, explicita a falsidade do conteúdo, pois o objetivo nesse caso não é manipular a opinião das pessoas para conseguir apoio por conta das fake news, mas usar a sátira para conseguir fazer com que as pessoas prestem atenção em um conteúdo absurdo e talvez reflitam sobre isso”, diz.
O problema é que, em muitos casos, os conteúdos perdem o controle e passam a ser compartilhados como se fossem verdadeiros nas redes sociais.
Diante da pandemia da desinformação, uma questão que surge é como não cair nas armadilhas das mensagens falsas que circulam nas redes sociais.
Os especialistas dão uma série de dicas simples. Veja abaixo as principais:
Confira matéria no G1
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