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Fato ou Fake: Como combater as fake news?

Fonte: G1

4 de abril de 2022

Não compartilhar caso tenha dúvida se o conteúdo é verdadeiro, denunciar e enviar as mensagens para grupos de verificação como o Fato ou Fake estão entre as dicas de especialistas não disseminar mentiras.

Fake news se espalham rápido e, na internet, todo mundo está sujeito a ser enganado por elas. Por isso, o g1 procurou especialistas para ajudar a identificar se uma mensagem é verdadeira ou não e dar dicas de como combater as mensagens falsas.

Entre as principais dicas dos especialistas para ajudar a combater fake news estão as seguintes:

  • Verificar se as mensagens que você recebe nas redes sociais são verdadeiras
  • Não compartilhar os conteúdos caso você tenha dúvida se eles são verdadeiros
  • Encaminhar a mensagem falsa para grupos de verificação de fatos, como o Fato ou Fake
  • Denunciar as mensagens falsas em sites e plataformas de redes sociais
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Esta é a última reportagem da série de vídeos que tira as principais dúvidas das pessoas sobre fake news e que foi lançada pelo Fato ou Fake no dia 7 de março, no g1 e no YouTube. Publicados semanalmente, os episódios mostram também o que fazer para não se tornar uma vítima da desinformação.

Verifique se as mensagens são verdadeiras

Segundo os especialistas, antes de repassar as mensagens que você recebe nas redes sociais para outras pessoas, é importante verificar se elas são verdadeiras. Para isso, alguns passos simples podem ser feitos, como ficar atento às informações, fontes e origens do conteúdo.

Como foi explicado no primeiro vídeo desta série, sobre “Por que as pessoas acreditam em fake news?”, quando as pessoas têm contato com mensagens que as deixam com raiva ou indignadas, elas perdem temporariamente o juízo de valor. Neste momento, a tendência é que elas compartilhem estes conteúdos sem pensar duas vezes.

Por isso, os criadores de fake news tendem a ser apelativas e exageradas para fazer com que as mensagens falsas se espalhem mais. Veja mais detalhes no vídeo abaixo.

Além de usar o exagero, as mensagens também costumam não ter informações específicas, como datas e locais. Outros truques utilizados pelos criadores de fake news são: copiar a aparência de sites e jornais tradicionais e manipular imagens e vídeos.

Além de ficar atento a essas características, o professor Santos ainda destaca que uma forma prática e fácil de verificar se as mensagens são verdadeiras é consultar os sites de verificação de fatos, como o Fato ou Fake.

“Temos no Brasil grandes e importantes agências que estão fazendo isso [verificação de fatos], e elas compõem um papel fundamental como fonte confiável de informação para preservar a nossa democracia”, diz.

Veja outras dicas para não cair em mensagens falsas a seguir:

  • Procurar informações e opiniões contrárias às nossas: “Você vai votar no candidato 1? Legal. Entra no candidato 2 e vê o que ele está falando também. Tenha contato com informações que são aparentemente incompatíveis, pois isso vai lhe dar uma opinião mais sensata e equilibrada”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP.
  • Reler as informações: “Sempre que eu leio alguma coisa que eu sinto que fiquei muito irritado, que me deixou indignado, eu falo: ‘Opa, estão atuando em cima de mim. Vamos devagar. Vamos ler isso de novo. Será que isso é verdade? Isso que está escrito é factível? Será que, de fato, esse candidato ou essa pessoa falaria isso?'”
  • Checar as informações em várias fontes: “Cruzar informações, buscar a origem e ter certeza”, diz Nabuco. “Faça uma leitura lateral. Abra uma aba do lado e pesquise. Será que algum jornal falou isso?”, diz Yurij Castelfranchi, professor da UFMG.
  • Jogar um trecho da mensagem em um buscador: “Veja se aquele trecho já aparece em outras fontes. Eu sei que a maioria das pessoas que acredita em fake news não confia nos jornalistas, mas a mídia é diversa. Se ninguém fala não é porque todo mundo esconde, é porque é mentira”, diz Castelfranchi.
  • Manter-se informado: Nabuco afirma que estar por dentro dos acontecimentos também ajuda a desconfiar e a não cair em informações falsas.
Na dúvida, não compartilhe

Se você seguiu as dicas do passo anterior e, mesmo assim, ficou em dúvida se a mensagem que recebeu é verdadeira ou não, não compartilhe. Caso você desconfie que o conteúdo é falso apenas pelo título ou pelo link, o ideal é que você nem clique, como afirma a advogada e especialista em direito digital, Gisele Truzzi.

No segundo episódio desta série, sobre “Por que as pessoas criam fake news?”, os especialistas apontaram que uma das principais motivações dos criadores de mensagens falsas é ganhar dinheiro. Por conta do funcionamento das redes sociais, eles conseguem renda através dos cliques e do engajamento que as mentiras geram. Veja mais informações no vídeo abaixo.

Rosental Alves, professor da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, concorda e reforça que as consequências do compartilhamento das mensagens mentirosas vão além do ganho financeiro dos criadores de fake news.

Denuncie as mensagens falsas

Para complementar a dica anterior, a advogada Gisele Truzzi diz ainda que é preciso denunciar as mensagens falsas através das ferramentas disponibilizadas pelas redes sociais e pelos sites.

Encaminhe as mensagens para o Fato ou Fake

Outra dica citada pelos especialistas como uma ótima forma de ajudar a combater a desinformação é utilizar os grupos de verificação de fatos como aliados. Para isso, é importante que as pessoas participem e mandem sugestões de conteúdos que estão circulando e que podem ser falsos.

  • Para enviar uma sugestão para o Fato ou Fake, adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito).

“Encaminhe o link para as agências de verificação de fatos. Eu entendo que isso é essencial. É uma medida de conscientização que nós, brasileiros, precisamos ter, desenvolver e disseminar para a gente poder evitar ao máximo o compartilhamento desse tipo de conteúdo”, diz Truzzi.

Cobre de quem compartilha mensagens falsas

O advogado e diretor do InternetLab, Francisco Brito Cruz, considera que o combate à desinformação também é uma questão política.

Inclusive, no terceiro episódio desta série, cujo tema foi “Criar e compartilhar fake news é crime?”, os especialistas explicaram que não existe ainda uma legislação específica sobre as mensagens falsas, mas criadores e compartilhadores podem responder por crimes como calúnia, difamação ou mesmo racismo, a depender do conteúdo da mensagem falsa compartilhada.

Confira matéria no G1

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