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5 de setembro de 2023
Executivos esperam que os modelos de trabalho remoto e híbrido cresçam nos próximos cinco anos, de acordo com um novo levantamento. Isso acontece porque os funcionários gostam, a tecnologia está melhorando e parece não haver perda de produtividade.
A pesquisa, chamada “Survey of Business Uncertainty”, é realizada constantemente pelo Federal Reserve Bank de Atlanta (EUA) em conjunto com a Universidade de Chicago e a Universidade Stanford. São ouvidos executivos seniores de cerca de 500 empresas dos EUA de todos os setores e regiões do país.
A última edição do estudo, feita em julho de 2023, perguntou: “olhando para daqui cinco anos, que parcela dos funcionários em tempo integral da sua empresa você espera que esteja em cada categoria [totalmente presencial, híbrido, totalmente remoto] em 2028?”. A descoberta foi que os executivos esperam que tanto o trabalho totalmente remoto como o híbrido cresçam, como mostra o gráfico abaixo:
Que parcela dos funcionários da sua empresa trabalha em cada formato?
Modelo | Ano | Porcentagem |
Presencial | 2018 | 91,6% |
2023 | 75,7% | |
2028 (previsão) | 72,6% | |
Híbrido | 2018 | 4,1% |
2023 | 14,1% | |
2028 (previsão) | 16,3% | |
Remoto | 2018 | 4,3% |
2023 | 10,2% | |
2028 (previsão) | 11,2% |
Fonte: Survey of Business Uncertainty deslize para ver o conteúdo
Em artigo publicado na “Harvard Business Review”, especialistas afirmam que os executivos estão certos por quatro razões:
A partir do momento em que os “custos” do trabalho remoto diminuíram, mais pessoas optaram por fazê-lo. As taxas de trabalho a partir de casa cresceram de forma constante ao longo do meio século que antecedeu a pandemia, embora tenham iniciado de um ponto de partida muito baixo. E esta tendência continuará: a pandemia aumentou significativamente a quantidade de investigação e patenteamento de tecnologias que suportam interações remotas.
Conforme essas empresas mais jovens crescem, a porcentagem de empregos em formato remoto aumentará, preveem os especialistas.
O país tem uma das taxas mais altas de trabalho remoto, atrás apenas da Nova Zelândia e do Canadá, como mostram estudos. O modelo a distância é uma forma de descentralização e autonomia pessoal, pois dá aos funcionários mais liberdade sobre como e quando trabalham.
Especialistas em gestão afirmam que, para que a tomada de decisões descentralizada tenha sucesso, uma empresa deve ser especialmente bem gerida. Enquanto isso, pesquisas mostram que as organizações dos EUA têm melhores práticas de gestão, em média, do que as companhias de outros países. Essas melhores práticas permitem que as empresas americanas gerenciem o trabalho remoto de forma mais eficaz. Além disso, os cidadãos norte-americanos costumam viver em residências maiores, o que torna mais fácil criar um espaço de trabalho dedicado em casa.
Evidências sugerem que trabalhar em casa é valorizado pelos funcionários quase da mesma forma que um aumento salarial de 8%, em média. Além disso, o formato ajuda a reduzir a rotatividade em até 35%.
Produtividade e o futuro do trabalho
E quanto às preocupações de que o trabalho remoto possa reduzir a produtividade? A pesquisa sugere que o formato pode ser até 10% menos produtivo do que o trabalho local, em média. Mas também é muito mais barato, porque reduz a necessidade de espaço e permite a contratação em qualquer lugar.
Já a produtividade no modo híbrido difere entre empregos, pessoas e práticas de gestão, argumenta o estudo. Em média, porém, o trabalho híbrido parece ter pouco efeito líquido sobre a produtividade e pode até aumentá-la. O formato também ajuda a reduzir custos em tempo, dinheiro e deslocamento.
O artigo conclui que as empresas e os seus líderes devem considerar seriamente os méritos de trabalhar a partir de casa, pelo menos alguns dias por semana. O híbrido gerenciado, onde todas as equipes se reúnem no escritório no mesmo dia ou dois por semana, pode muito bem ser o melhor dos dois mundos, pois é lucrativo para as empresas, popular entre os funcionários, e melhor para o planeta devido ao menor consumo de energia.
Embora a extensão futura do trabalho remoto permaneça incerta, há poucas chances de vermos um grande retorno ao escritório, defende a pesquisa. As tecnologias remotas devem melhorar e os funcionários tendem a migrar para empresas com políticas mais flexíveis. A maior pista de que o regresso ao escritório não funcionará, porém, é o fato de os próprios executivos preverem, em privado, que o trabalho remoto continuará a aumentar.
Confira matéria no Valor
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