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Como o home office contribui para a diversidade nas agências

Fonte: Propmark

8 de abril de 2022

Modelo de trabalho ajuda a trazer novos olhares e perspectivas com profissionais de outras regiões do país

“Poder cumprir a pauta do dia e encerrar podendo comer um legítimo acarajé baiano é uma das melhores experiências dessa ponte digital entre Salvador e São Paulo”. A autora da frase é Agatha Ferreira, gerente de negócios da Leo Burnett Tailor Made, publicitária que faz parte de um novo processo vivenciado pelo mercado: a contratação de talentos que estão em estados onde não estão as sedes ou os escritórios das agências.

Um movimento impulsionado pela adoção do modelo de home office e que tem contribuído para aumentar a diversidade nas agências, ao trazer novos olhares e perspectivas, agilizado as contratações e que tende a crescer, a despeito da adoção ao modelo híbrido diante do arrefecimento da pandemia.

Agatha, que atende a Fiat em âmbito nacional e regional, classifica a experiência como “maravilhosa” e que, como mulher negra, sempre está envolvida em projetos que dão visibilidade à negritude e ao combate à violência de gênero. “Penso a diversidade como obrigação das empresas e corporações. Cobro e planejo ações afirmativas efetivas tanto para o ambiente corporativo quanto para o meu cliente. Seja dando espaço para que essa diversidade esteja presente nas campanhas, como por trás das câmeras e das cadeiras que desenvolvem os raciocínios e estratégias”, afirma.

De acordo com Vivian Vaz, diretora de talentos da Leo Burnett, hoje, 20% dos profissionais da agência são de outros estados, como Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, além do Distrito Federal.

“Quando temos pessoas de regiões diferentes, temos leituras diferentes de cultura, temos perspectivas de comportamentos de uma forma mais abrangente, criamos um olhar crítico sobre algumas ações de forma mais intensificada”, explica. Segundo ela, as contratações são em todas as áreas e têm registrado ganhos diversos para a agência, principalmente em agilidade do processo de seleção.

Agatha, que atende a Fiat em âmbito nacional e regional, classifica a experiência como “maravilhosa” e que, como mulher negra, sempre está envolvida em projetos que dão visibilidade à negritude e ao combate à violência de gênero. “Penso a diversidade como obrigação das empresas e corporações. Cobro e planejo ações afirmativas efetivas tanto para o ambiente corporativo quanto para o meu cliente. Seja dando espaço para que essa diversidade esteja presente nas campanhas, como por trás das câmeras e das cadeiras que desenvolvem os raciocínios e estratégias”, afirma.

De acordo com Vivian Vaz, diretora de talentos da Leo Burnett, hoje, 20% dos profissionais da agência são de outros estados, como Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, além do Distrito Federal.

“Quando temos pessoas de regiões diferentes, temos leituras diferentes de cultura, temos perspectivas de comportamentos de uma forma mais abrangente, criamos um olhar crítico sobre algumas ações de forma mais intensificada”, explica. Segundo ela, as contratações são em todas as áreas e têm registrado ganhos diversos para a agência, principalmente em agilidade do processo de seleção.

Como exemplo prático, ela conta que a agência tem um colaborador de Salvador que faz parte do time de criação das campanhas de Itaipava, do Grupo Petrópolis. “A cidade é a principal praça do nosso cliente e temos alguém que está nessa vivência, criando diretamente de lá”. Além dele, a agência conta com outros 13 profissionais distribuídos pelos estados de Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Sul, Ceará, Rio Grande do Norte e Minas Gerais.

A Talent diz que o impacto tem sido “muito positivo”. “Ampliamos ainda mais a questão da diversidade em todos os seus aspectos e conseguimos trazer culturas diferentes”, comenta Michelle Mica, head de Talent Management da agência.

Os resultados com a adesão ao novo modelo também são comemorados pela agência3. “A produtividade está sendo incrível e as pessoas estão conseguindo alinhar a vida pessoal com a profissional”, afirma  Paulo Castro, sócio e CEO da empresa.

Ele notou também uma maior procura por parte dos profissionais de outros estados para além de São Paulo e Rio, onde tem escritório. “Recentemente fizemos um processo seletivo e em apenas 4 dias atraímos profissionais de sete estados diferentes”, complementa.

Apesar dos avanços com o modelo ao longo dos últimos meses, os profissionais relatam que a comunicação é um ponto que sempre demanda cuidados, como uma forma de evitar ruídos.  “O trabalho remoto ou híbrido exige mais atenção e planejamento para a criação e manutenção de uma cultura inclusiva, na qual o escritório não significa um lugar de privilégio para alguém progredir na carreira”, explica Mica, da Talent Marcel.

Na WMcCann, que, além de São Paulo, tem escritórios no Rio de Janeiro e em Brasília, Molina conta que esse desafio sempre esteve presente. “Com a pandemia, claro, a comunicação interna também precisou ser adaptada nas mais diversas instâncias, com novas formas e processos para nos comunicarmos com o colaborador de onde ele estiver”. Segundo ela, a agência hoje conta com uma comunicação assíncrona e encontros virtuais para facilitar as interações entre os colaboradores.

E como vai ficar?
Mesmo com o retorno de muitas empresas ao presencial, principalmente sob o modelo híbrido, as agências entrevistadas informaram que as contratações de profissionais de outros estados para além de onde têm escritórios vão continuar.

“Vamos manter esse modelo de contratação, pois entendemos que a diversidade traz mais ganhos do que a proximidade”, afirma Vivian Vaz, da Leo Burnett Tailor Made. A Talent também tem uma postura similiar. “O modelo híbrido, aliado à tecnologia, permite um trabalho remoto de excelência, assim como já estamos praticando dentro da Talent”, defende Mica.

Para Molina, da WMcCann, nós, enquanto sociedade, já aprendemos a viver no “modelo híbrido”, uma prática que veio para ficar. “Acredito ainda que as empresas vão ampliar suas contratações remotas e que esse tipo de ‘forma de trabalho’ será cada vez mais comum, até se tornar o nosso “normal”, de fato”, complementa.

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