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14 de novembro de 2023
Começam a valer nesta segunda-feira (13) as regras para a contratação de influenciadores digitais para publicidade de produtos de investimento. Voltadas para as instituições financeiras que seguem o código da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as regras têm o objetivo de aumentar para os investidores a transparência sobre as relações entre os influenciadores e os distribuidores.
A partir de agora, os influenciadores devem informar, por escrito ou verbalmente, quando estiverem fazendo uma publicação patrocinada ou em parceria com uma instituição financeira. Ainda, as normas preveem que a instituição é corresponsável pelo conteúdo das publicações contratadas e deve garantir que o influenciador tenha as certificações ou autorizações necessárias caso esteja fazendo a análise ou indicação de produtos.
Além disso, todas as relações comerciais devem ser regidas por um contrato, que deve informar os meios de divulgação, a descrição geral dos produtos divulgados e se eles envolvem uma atividade regulada, como análise ou recomendação, além da remuneração e a vigência. As instituições também precisam encaminhar para Anbima a lista dos influenciadores parceiros e manter os prints e links das publicações contratadas por um ano.
O montante de influenciadores digitais de investimentos quase duplicou em três anos, crescendo de 266 no segundo semestre de 2020 para 515 no primeiro semestre de 2023, segundo o relatório “Finfluence – quem fala de investimento nas redes sociais”, elaborado pela Anbima . Já o número de seguidores quase triplicou nesse intervalo, subindo de 74 milhões para 176 milhões.
Em abril, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou o estudo “Influenciadores Digitais e o Mercado de Capitais Brasileiro”, em que apontava a necessidade de regular a divulgação de informações pelos influenciadores quando realizadas por contratação de entidades do mercado de capitais. A Anbima seguiu as recomendações da CVM.
Os próximos meses serão de aprendizado para influenciadores, investidores, reguladores e autorreguladores, afirma Hudsson Bessa, professor universitário e especialista em fundos de investimento, em sua coluna mais recente no Valor Investe.
“Nessa etapa é comum que alguns tentem burlar a regra, que as punições ora pareçam brandas, ora excessivas e que alguns ajustes sejam feitos”, diz. “O caminho é longo, mas a direção está traçada, e o mais importante é que o investidor terá melhores informações para tomar as melhores decisões”, acrescenta.
Confira matéria no Valor Investe
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