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‘Big techs’ já demitiram mais de 60 mil pessoas em 5 meses

Fonte: G1

16 de março de 2023

Sozinha, a Meta já cortou mais de 21 mil funcionários desde novembro de 2022. Cenário econômico enfraquecido e queda no número de anúncios explicam o mau momento

Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta terça-feira (14) uma nova rodada de demissões que irá afetar outros 10 mil trabalhadores. Em novembro de 2022, a empresa já havia cortado cerca de 11 mil funcionários.

Com esse novo anúncio, as big techs Meta, AmazonMicrosoft e Alphabet (Google) já demitiram mais de 60 mil funcionários em apenas 5 meses. Se somar com o Twitter, que não entra nesse grupo de big techs, esse número avança para 64.900.

Já a Apple é uma exceção, uma vez que foi a única empresa a não anunciar redução da força de trabalho nos últimos meses.

No caso das outras empresas, a desaceleração macroeconômica e a queda na receita com propaganda explicam o cenário negativo (entenda mais abaixo).

Quem demitiu e quantos foram desligados
O que explica esse cenário

Para começar a entender a situação delas, é preciso levar em conta as altas seguidas na taxa de juros nos últimos meses, nos Estados Unidos, para conter a inflação.

Além de impactar nas vendas, o cenário tem feito empresas diminuírem gastos com publicidade, o que afeta em cheio as gigantes da tecnologia que dependem de anúncios.

“Essas empresas cresceram muito em 2020, mas depois veio a queda. Na fase dura da pandemia, a digitalização aumentou. Todo mundo estava em casa, muitos recebem auxílio do governo, e as pessoas gastaram mais on-line”, explica ao g1 Arthur Igreja, que é especialista em tecnologia e inovação e professor convidado da FGV.

“As big techs precisavam de pessoas para suportar a demanda, mas esse crescimento não se manteve após a flexibilização do isolamento causado pela Covid”, completa.

“A desaceleração macroeconômica e o aumento da concorrência fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava”, disse o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, em novembro. Ele voltou a reforçar o cenário negativo no comunicado de hoje.

Confira matéria G1

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