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14 de junho de 2023
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou ontem, 12, um código de conduta para os governos de quaisquer países do mundo combaterem a desinformação online. No texto, a ONU coloca a integridade da informação como um tema central da cooperação entre os países.
Segundo Guterres o objetivo é “promover fatos e ao mesmo tempo expor conspirações e mentiras”. Ele é categórico ao afirmar que o funcionamento atual das plataformas digitais tem trazido prejuízos humanitários e à democracia.
O documento reconhece benefícios das plataformas digitais, como apoio a comunidades afetadas por crises, espaço para vozes excluídas e mobilizações em temas como justiça racial e equidade de gênero.
No entanto, o estudo indica que essas mesmas plataformas estão sendo usadas para subverter a ciência, espalhar desinformação e ódio, alimentar conflitos, ameaçar democracias e prejudicar ações de saúde pública e de defesa do meio ambiente.
O secretário-geral disse que as empresas de tecnologia “tem feito muito pouco” para prevenir que as plataformas digitais espalhem violência.
Segundo o código de conduta defendido por Guterres, estas companhias devem abandonar modelos de negócio que “priorizam o engajamento acima dos direitos humanos, da privacidade e da segurança”.
Outra medida considerada necessária pelo chefe da ONU para proteger a integridade da informação é a garantia de que todas as aplicações da inteligência artificial serão “seguras, responsáveis, éticas e cumprirão com obrigações de direitos humanos”.
Guterres ressaltou que os próprios cientistas e especialistas responsáveis pela criação da inteligência artificial declararam que a tecnologia é uma ameaça existencial para a humanidade, equiparável ao risco de guerra nuclear. Para o chefe da ONU, “esses alertas devem ser levados a sério”.
Ao ser perguntado sobre se concordava com uma pausa no desenvolvimento da tecnologia, o chefe da ONU disse que pode ser uma “ideia interessante.” No entanto, ele acredita que isso “não resolve o problema” e defendeu o rápido avanço nos mecanismos propostos no relatório. Entre os quais, sistemas de moderação, ferramentas de denúncia, treinamento com base em princípios humanitários.
Confira matéria na Telesíntese
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