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Após 74 anos, Abap será presidida por uma mulher

Fonte: Valor

10 de fevereiro de 2023

Pela primeira vez em seus 74 anos de história, a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) deve ter uma mulher na presidência. A indicada pela atual diretoria é Marcia Esteves, executiva-chefe da Lew’LaraTBWA. O nome ainda precisa ser referendado pelas 160 agências associadas, em eleição marcada para 30 de março. O histórico da associação é de chapa única.

Esteves faz parte da atual diretoria desde 2018 e substituirá Mario D’Andrea, da agência D’OM, que está na presidência desde maio de 2017. Ela é uma das poucas mulheres a ocupar o principal cargo executivo nas maiores agências de publicidade brasileiras.

A atual diretora diz que se sente feliz pela indicação e espera abrir caminho para que outras mulheres sejam presidentes e CEOs em breve. Na atual diretoria, ela é acompanhada por três outras mulheres – Adriana Machado, da Tom; Maria Laura Nicotero, da Momentum e Paula Puppi, da WPP Brasil.

“No mandato atual, a Abap precisou construir pontes para fora, com outras instituições; no próximo, acredito que a missão será construir pontes para dentro, para ter mais participação de agências de todo o Brasil”, diz Esteves.

Ela lembra que há muitas agências novas chegando ao mercado e outras espalhadas pelo país, agindo isoladamente: “Precisamos muito das cores e sabores que o nosso país continente oferece”.

Indicada pela Abap para participar no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, e no Cenp-Meios, fórum do mercado, Esteves diz que aprendeu muito sobre a importância da presença institucional da publicidade.

Para D’Andrea, que encerrará seu mandato na presidência em junho, depois de seis anos, dois a mais que o habitual – “a pedidos”, como ressalta – foram tempos agitados: “muita turbulência, com mudança tecnológica no mercado publicitário, novos modelos de agência e ainda o período de pandemia, que afetou a economia brasileira como um todo”.

“A publicidade lançou o olhar para além de sua bolha”, comenta D’Andrea, “e passou a participar nos grandes debates da sociedade, como inclusão social e de gênero, em que antes não se fazia presente”.

D’Andrea cita a participação da Abap na coalizão “Liberdade com Responsabilidade”, junto com outras 43 entidades nacionais de comunicação, em apoio ao projeto de lei contra as “fake news” e com duras críticas às gigantes da tecnologia que resistem às regulamentações. A Abap também participou, ao longo da pandemia, de campanha pela vacinação e pelo uso da máscara, junto com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, e outras entidades ligadas à medicina e saúde pública.

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Sobre

A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) foi fundada em 1º de agosto de 1949 para defender os interesses das agências de publicidade junto à indústria da comunicação, poderes constituídos, mercado e sociedade. Dentre suas realizações estão a cofundação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP), do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) e do Instituto Palavra Aberta.