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Agências mantêm ou superam faturamento no segundo trimestre

Fonte: Meio&Mensagem

27 de setembro de 2021

Das 293 agências ouvidas pelo VanPro, 39% aumentaram faturamento no período; pesquisa da Fenapro também observa práticas de gestão

A pesquisa VanPro mapeou que 39% de 293 agências brasileiras aumentaram o faturamento no terceiro trimestre de 2021. Realizado pelo sistema Sinapro/Fenapro – Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de SP e Federação Nacional das Agências de Propaganda – o estudo apurou que 30% mantiveram enquanto 18% perderam 30% do faturamento.

Mas a principal constatação do levantamento é a do aumento do otimismo do mercado publicitário em relação aos negócios: o índice de agências que enxergam melhores perspectivas saltou 28%, correspondendo a 64% do total das empresas entrevistadas.

Mais da metade (62%) conseguiu manter ou ultrapassar o faturamento no segundo trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período no ano passado. “A retomada é crescente e está em consonância com o crescimento de 29% apontado pelo Cenp”, comenta Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, se referindo à alta na compra de mídia no primeiro semestre de 2020, reportada pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp).

As agências ainda têm diante de si, porém, o desafio de equilibrar demanda e remuneração. Se 15% avaliam que há uma equação justa de 70% da carteira, mais da metade (55%) afirmam que existe sobrecarga de demandas e apenas 7% relatam que têm folga operacional. Ana Celina Bueno, diretora da Fenapro, diz que esses números sinalizam uma oportunidade de renegociação da remuneração junto aos clientes. Apesar disso, 84% das agências consideram satisfatório o relacionamento com as empresas atendidas. Doze porcento são neutras e 4% admitem divergências na relação.

A relevância da gestão

O estudo também analisou os mecanismos de gestão e o desempenho das lideranças neste sentido. E a conclusão é a de que o mercado ainda precisa evoluir e se dedicar mais ao tema para manter o engajamento das equipes. Quase a metade das agências (47%) considera moderado o nível de motivação das equipes e 43% consideram o engajamento alto ou muito alto. Os gestores das agências dedicam 18% de seu tempo a atividades de gestão, 38% a tarefas operacionais, 28%, ao relacionamento com o cliente e 16% em atividades burocráticas.

Boa parte das agências consultadas (71%) afirmam que as equipes são impactadas por altos níveis de estresse e tensão. As equipes com maior nível de tensão atuam no grupo de empresas com receita acima de R$ 10 milhões, sendo apontado como muito alto por 47% delas; como médio, por 43% e como baixo, por 10% das agências. Essa questão foi recentemente levantada em iniciativa conjunta da Fenapro, ABAP (Associação Brasileira das Agências de Propaganda) e ABRADI (Associação Brasileira de Agentes Digitais).

Para 41% das lideranças, o nível de motivação é considerado alto ou muito alto; 50,5%, classificam como médio e 8,5%, como baixo ou muito baixo. Esses dados se correlacionam com os níveis de estresse — entre os entrevistados que reportam estresse alto ou muito alto, apenas 21% avaliam a motivação das equipes como alta ou muito alta. Já entre as empresas que reportaram estresse baixo ou muito baixo, 64% avaliaram a motivação das equipes como alta ou muito alta.

No primeiro semestre, o turnover foi inferior a 5% do quadro de colaboradores em 41% das agências, já em 32% delas, ficou entre 5% e 15%, e, em 27% das agências, foi superior a 15% no período.

A maioria das agências consultadas pelo VanPro é full service (96%). O faturamento varia de até R$ 1 milhão (41%); R$ 3 milhões (28%); R$ 5 milhões (10%); R$ 10 milhões (11%) e acima (10%). A maioria das empresas têm mais de 20 anos de atividade (39%) ou de 11 a 20 anos (37%); 91% são associadas ao Sinapro (Sindicato das Agências de Propaganda) de seu estado e 78% ao Cenp.

Confira a matéria no Meio&Mensagem.

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Sobre

A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) foi fundada em 1º de agosto de 1949 para defender os interesses das agências de publicidade junto à indústria da comunicação, poderes constituídos, mercado e sociedade. Dentre suas realizações estão a cofundação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP), do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) e do Instituto Palavra Aberta.