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10 de novembro de 2022
Dados, inteligência artificial e colaboração devem nortear a criação de uma visão única do cliente, para garantir uma oferta hiperpersonalizada, em tempo real. Confira três dicas práticas para turbinar sua estratégia de CRM
Já está na agenda dos líderes de marketing, há algum tempo, a importância do uso de dados e de se aprimorar os sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM), para melhorar os resultados de vendas e otimizar os investimentos em comunicação, nos mais diversos canais hoje disponíveis. É a velocidade acelerada da integração entre os mundos físico e virtuais, e a busca pela hiperpersonalização, que tornam cada vez mais urgente que essa abordagem contemple uma compreensão holística da nova jornada do varejo.
Não à toa, nove em cada dez gestores de marketing (90%) consultados para o painel Marketing Trends concordam totalmente ou parcialmente com a afirmação que “sistemas de CRM serão ainda mais importantes no futuro”. Mais do que isso: nenhum dos 70 participantes, ouvidos ao longo do mês de setembro, disse discordar totalmente de tal alegação, de acordo com a consulta ao mercado, realizada trimestralmente por Meio & Mensagem e Kantar Ibope Media.
Também registraram índices similares de concordância o número de líderes de marketing que planejam ampliar o uso de dados em suas empresas (91,4%) e aqueles que pretendem investir em uma plataforma de dados própria (87,1%).
Para Marcondes Farias, diretor de produtos de Dynamics e Power Platform na Microsoft Brasil, a importância dada pelos líderes de marketing ao sistema de CRM está alinhada com as dores que o CMO sente no dia a dia, por estar na ponta do processo de decisão de investimentos – uma dinâmica que precisa ser cada vez mais operacionalizada em tempo real e com base em dados.
“O CRM tradicional morreu”, afirma Marcondes. A provocação é baseada nos métodos tradicionais de se líder com as informações, a partir de uma base de dados estática. “No passado, olhávamos e analisávamos a performance dos três últimos meses. Hoje, falamos da performance nas últimas duas horas. Para isso, é preciso coletar e analisar dados em tempo real, para uma tomada de decisões em tempo real”.
De acordo com o executivo, cresceu tanto a demanda dos clientes por soluções que ofereçam essa capacidade de ampliar e integrar a leitura e análise de dados, que a Microsoft precisou a dobrar a sua capacidade de entrega do serviço e lançar novas as ofertas que cobrem a jornada de marketing em tempo real – em outubro, a empresa anunciou a expansão da infraestrutura dos seus serviços de Dynamics 365 e Power Platform.
Marcondes considera que uma estratégia de CRM com um olhar para o futuro deve contemplar três pilares: dados, inteligência artificial e colaboração. O objetivo é criar uma visão única do cliente na busca para alcançar o estado da arte da hiperpersonalização, a chamada jornada 1 para 1, em tempo real – algo que só é possível pelo desenvolvimento da computação em nuvem, que garante a escala no processamento das informações disponíveis em quantidade quase ilimitada, e pelo avanço da inteligência artificial, para a rapidez das análises.
“Os algoritmos de inteligência artificial ampliam a visão do CMO”, afirma Marcondes. “Como ser humano, ele tem uma capacidade limitada de processamento. Os computadores otimizam esse processo ao trazer os dados prontos, mastigados. Mas a tomada de decisão continua sendo do CMO. As equipes de marketing são empoderadas para inovar em tempo real. Assim que percebem que a performance está aquém do esperado, podem trocar uma campanha toda que está no ar, mudar a peça, o público-alvo, a palavra-chave”, defende.
Abaixo, Marcondes Farias, diretor de produtos de Dynamics e Power Platform na Microsoft Brasil, indica três ações para você potencializar a estratégia de CRM da sua empresa, de olho na jornada do varejo em 2023.
1 – Crie uma plataforma única de dados do cliente – Unifique as informações de frequência, valor e preferência, que vêm de diversas fontes e canais, e hoje estão dispersas pelo e-commerce, loja física, aplicativo, telemarketing e campanhas online. Isso amplia o potencial para se trabalhar o cliente real. “O mais comum é ter as fontes, mas não conseguir trabalhar de forma integrada, em tempo real”, afirma Marcondes. “A diferenciação no futuro virá dessa capacidade de processar os dados com rapidez e de forma a permitir a hiperpersonalização.”
2 – Invista na hiperpersonalização – É preciso garantir uma experiência híbrida do físico ao digital, com harmonia entre os canais e a certeza de servir ao cliente no ambiente da preferência dele, em tempo real e com ofertas e experiência alinhadas com suas demandas. “É a hiperpersonalização na multicanalidade, o desafio de entregar a personalização ideal para cada cliente, em tempo real”, analisa Marcondes. “Os clientes querem ser sensibilizados com uma oferta que faça sentido para ele, naquele momento, naquele canal.”
3 – Empodere os profissionais de marketing – Depender somente da equipe de TI para operar as plataformas de CRM tira agilidade do processo, com um impacto negativo quando é preciso trabalhar em tempo real. “Há uma escassez de profissionais de TI, e a área, hoje, não consegue atender todas as demandas de marketing”, diz Marcondes, enfatizando que a baixa oferta de profissionais de TI é uma realidade que não deve mudar no curto prazo. “Uma saída é tornar a equipe de marketing autossuficiente, sem depender da área de TI, investindo em plataformas de low code e no code, para que campanhas e testes sejam criados sem a necessidade de códigos.”
Confira matéria no Meio e Mensagem
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