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13 de agosto de 2021
CEO da DPZ&T, Eduardo Simon decidiu deixar o posto e fundar sua própria empresa, junto com três sócios, a Galeria
A tradicional sopa de letrinhas dos nomes das agências de publicidade, recebeu uma remexida forte esta semana. O CEO da DPZ&T, Eduardo Simon, que havia levado o T, da agência fundada por Dorian Taterka para o grupo, há seis anos, decidiu deixar o posto e fundar sua própria empresa, junto com três sócios, a Galeria.
A Publicis, um dos maiores conglomerados mundiais no setor, que mantém a DPZ&T sob seu guarda-chuva entre outras mais de 10 empresas no Brasil, continuará sócia da nova agência, mas agora como minoritária.
“A pandemia fez a gente se afastar um pouco da montanha-russa que vivíamos e olhar um pouco de fora”, conta Simon. Ele diz ter enxergado uma oportunidade para atender grandes empresas com foco de negócios no Brasil.
A nova agência já começa com Itaú, Arcos Dourados (proprietária do McDonald’s) e Natura, entre seus clientes. “Senti que eles querem um atendimento mais rápido e ágil direto com os donos das agências”, comenta.
Ele explica que seu novo empreendimento, que tem como sócios Rafael Urenha, ex-chefe da criação, Paulo Ilha responsável pela mídia na DPZ& T, e Pedro Cruz, que era da FCB, é um coletivo de protagonistas. Terá mais 10 profissionais de destaque em suas áreas, que também serão sócios.
“É um modelo diferente das agências das décadas passadas, que tinham sempre o nome do dono. Achamos, e conversamos com os nossos clientes sobre isso, que os tempos são outros. Atualmente é difícil atrair talentos com as velhas formas de remuneração”, considera.
A saída de Simon, 44 anos, um dos profissionais mais admirados e premiados da publicidade brasileira, vinha sendo negociada desde o início do ano e foi recebida pelo mercado como um recado contra o aperto que os grandes conglomerados vêm exercendo sobre as agências brasileiras que compraram.
As transformações trazidas pela pandemia mexeram também com a organização de outras grandes da publicidade. A BETC fundiu-se com a Havas Plus e agora se chama BETC-Havas, há seis meses. Segundo Diego Alonso, chefe financeiro da fusão, “parecia um movimento óbvio, mas precisou mais de coragem do que de intuição”. Ele comemora os resultados com crescimento projetado de 30% neste ano. “Já no primeiro trimestre deu para ver que um mais um é quase três”.
Outra grande agência, a WMcCann, que anunciou em abril a passagem de bastão do CEO, Hugo Rodrigues, para André França, promoveu várias mudanças internas, principalmente com promoção de mulheres para cargos de chefia.
A multinacional com sede nos Estados Unidos promoveu várias mudanças internas, contratou Mariana Sá para chefe da criação e outras cinco serão diretoras. A WMcCann chegou a 54% dos funcionários do sexo feminino, segundo números da própria empresa.
Uma mulher pioneira nos escalões mais altos da publicidade brasileira, Joanna Monteiro, presidente do Clube de Criação, desligou-se da Heads e irá para o Canadá em setembro, como líder criativa da Publicis em Toronto, cargo que já assumiu remotamente.
Também na Publicis, mas no Brasil, Daniela Ribeiro, que era da Artplan assume o posto de ECD, diretora executiva de criação. Simon disse que sua saída não teve maiores atritos com a Publicis.
“Sou grato pelos seis anos que trabalhei lá e eles continuam nossos sócios”, observa. “Fizemos até o sucessor, o Fernando Diniz”, aponta. Diniz, que era o estrategista-chefe, assumirá o cargo que era Simon na DPZ&T.
Confira a matéria no Valor Econômico.
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