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Quais as expectativas para a publicidade em 2025?

Fonte: Texto de Lina Marques, da Simbiose Conteúdo, para ABAP

19 de fevereiro de 2025

A presidente da ABAP – Espaço de Articulação Coletiva do Ecossistema Publicitário, Marcia Esteves, foi uma das convidadas do podcast “Propaganda não é só isso aí”, comandado por Lucas Schuch, no último dia 17 de fevereiro. O streaming abordou o tema “Expectativas para 2025 na publicidade”, focando em três subtemas: Negócios, Inteligência Artificial e Criatividade. 

Ao lado de Marcia, também CEO & Sócia da  Lew’Lara\TBWA, estavam Filipe Bartholomeu, Conselheiro ABAP e presidente & CEO na AlmapBBDO, e Felipe Simi, fundador da Soko, agora CEO/Creative Chairperson da Droga5. Esse time de peso representa os top 3 da bianual Pesquisa Agency Scope, que apontou os profissionais mais admirados na indústria da publicidade no Brasil, em 2024.

Com clima descontraído e de sinergia, os executivos expressaram visões e opiniões em consenso, como o crescimento da publicidade no Brasil, no ano que começa. E demonstraram preocupação com a necessidade de evoluir os modelos de negócio e remuneração das agências e da própria economia do país.

“De fato, a economia da propaganda, da publicidade no nosso país está voltada diretamente relacionada ao PIB. Cada real investido volta R$ 8,54 diretamente para o PIB. Isso mostra que somos uma indústria que fomenta as outras indústrias. Eu tenho, sim, bastante preocupação com o que está acontecendo na macroeconomia. E porque o Brasil tem reconhecimento internacional de estar sempre entre os três países mais premiados e mais reconhecidos do mundo nos festivais. Então, tenho muito otimismo para este ano na publicidade, na propaganda, não necessariamente refletindo um crescimento direto e imediato da nossa economia, mas sendo uma força para a volta do crescimento da economia, que a gente tanto precisa”, avaliou a Marcia.

Felipe Simi acrescentou: “Eu acho que a gente está num momento de otimismo, um otimismo cauteloso, até pela dificuldade de previsão do que a gente tem no Brasil, como o Filipe falou. Acho que, com certeza, (a publicidade) vai crescer.”

Evolução nos modelos de negócios de publicidade

Ainda no âmbito de negócios, os três enfatizaram a necessidade de evoluir os modelos e remuneração das agências, especialmente em um cenário onde a comunicação e as tecnologias mudaram significativamente o cenário nos últimos anos. Marcia foi enfática sobre debates:

“A gente vem sendo questionado muito sobre o modelo de negócio, sobre o dever, sobre a remuneração. Acho que nunca discutimos o que deveria ser discutido. Então, a ABAP está fazendo uma pesquisa, em conjunto com a Deloitte, para avaliar a evolução das agências no Brasil. De 2010 a 2024 (porque em 2007 os smartphones aparecem, e em 2010 eles pegam fogo) mudam toda a forma de consumo e, naturalmente, a vida muda. A gente discute muito a remuneração, mas nunca discutiu o que aconteceu dentro das agências, agentes responsáveis por toda a transformação das marcas e da forma como as marcas chegam na vida dos consumidores e das pessoas no nosso país. Então, é mais do que bem-vinda essa conversa hoje”, disse.

Inteligência Artificial chegou para otimizar processos

Em seguida, o uso da inteligência artificial na publicidade foi debatido. Segundo Filipe Bartholomeu, o impacto da IA vai mudar cada vez como um todo na sociedade, seja no mercado de capitais, nos negócios, no dia a dia. Marcia acrescentou a importância de o mercado ter o olhar bem claro para a novidade e, assim, ser mais pragmático nas soluções.

“Toda vez que chega uma nova tecnologia, a gente fala que alguma coisa vai morrer. Então, chegou a internet, a TV vai morrer; o nosso jornal acabou porque agora tem o celular. Uma perda de tempo tão gigantesca em vez da busca pela solução. Eu acho que a gente agora tem uma maturidade um pouco maior para parar com a discussão se a inteligência artificial veio para ficar”, analisou. 

A criatividade do ser humano foi reconhecida por todos como insubstituível diante da tecnologia. Também é consenso que a IA veio para apoiar e para melhorar e otimizar tarefas dos diversos setores, assim como na publicidade.

Premiações

No último bloco do podcast, o mote foi a indústria criativa e o reconhecimento das peças publicitárias em festivais internacionais. Luccas destacou que a indústria publicitária brasileira foi a segunda mais premiada no ano passado. Na opinião deles, o reconhecimento de que o país é uma potência criativa no segmento acaba gerando, em alguns casos, uma necessidade de o cliente contratar uma agência já pensando em premiação.

“O prêmio é o final de uma história de um trabalho absolutamente feito com dedicação. Qual é o valor da marca para chegar e pegar uma estatueta daquelas? Quanto de construção de marca se fez? A premiação deve ser vista como uma consequência do trabalho criativo. E não como um objetivo em si”, completou Marcia.

Link do podcast: https://open.spotify.com/episode/75A8vyEUn3DvW2lnOZ49k9

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Sobre

A ABAP agora é Espaço de Articulação Coletiva do Ecossistema Publicitário. Fundada em 1º de agosto de 1949, a ABAP segue trabalhando em prol dos interesses das agências de publicidade junto à indústria da comunicação, poderes constituídos, mercado e sociedade.

Dentre suas realizações estão a cofundação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (CENP), do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) e do Instituto Palavra Aberta.