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25 de agosto de 2023
O relatório anual sobre os gastos domiciliares dos brasileiros Domestic View, da Kantar, mostrou que 69% dos lares do Brasil fecharam o ano de 2022 endividados. Segundo dados do primeiro trimestre deste ano, 73% dos brasileiros precisam adaptar padrões de compra mensalmente. Para 33% o salário mal cobre as despesas do mês.
A cesta de bens de consumo massivo (FMCG), composta por alimentos, bebidas, artigos de limpeza do lar e itens de higiene e cuidados pessoais, ocupou o maior share de gastos do brasileiro, representando 54% do montante.
Todas as camadas sociais vêm necessitando gerenciar gastos de alguma maneira. Na classe AB houve um salto em endividamento, que subiu 9,8% em um ano. O cenário econômico se mostra mais desafiador entre os jovens. Nos lares com pessoas até 29 anos, a taxa dos que se sentem mais pressionados e com dificuldade para pagar as despesas fixas é de 37%, enquanto nos lares 50+, esse índice cai para 29%.
Além disso, todas as regiões brasileiras analisadas apresentaram taxa de endividamento maior do que em 2021. Na média brasileira, a relação renda x gasto foi de – 21% em 2022, com renda de R$1.614 e gasto de R$ 2.042. A Grande São Paulo apresentou a relação mais negativa, com -31%, e o Sul do país foi a região com menor endividamento, de -6%.
Para este ano, com 800 mil famílias incluídas no Bolsa Família, reajuste no valor do salário-mínimo, desemprego em queda, número de trabalhadores informais caindo 8% e previsão de inflação menor, o cenário pode ser diferente.
O desembolso dos lares com animais de estimação segue em alta, mas com movimentações diferentes em cada classe social.
A classe C, por exemplo, aumentou as despesas com alimentação para pets em detrimento de compra de animais domésticos, acessórios e artigos de higiene. Já a Classe DE gastou mais com despesas veterinárias, acessórios e artigos de higiene e diminuiu gastos com alimento e compra de animais domésticos.
Os gastos dos brasileiros com internet e Streaming de Vídeo continuam crescendo, enquanto a contratação de TV Paga vem registrando queda desde 2019.
O desembolso com TV por assinatura saiu de 23% em 2021 para 17% no ano passado, para que sobrasse orçamento para o gasto com acesso à internet. As despesas com streaming de vídeo cresceram 23% entre 2021 e 2022.
Os dados acima fazem parte do estudo DomesticView, realizado com 4.915 domicílios brasileiros, que representam mais de 58 milhões de lares, entre outubro e novembro 2022.
Confira matéria no Propmark
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