Telefone:
11 97853 5494E-mail:
[email protected] Idioma:
PT-BR
Idioma:
ESP
Idioma:
ENG
25 de julho de 2022
Não é novidade que os streamings e as TVs conectadas (CTV) conquistaram o público. No Brasil, isso não foi diferente. Uma pesquisa da Magnite, uma das maiores plataformas de vendas de publicidade do mundo, mostrou que 75% dos brasileiros utilizam algum desses serviços, seja de assinatura paga ou gratuita.
A pesquisa ainda revelou que 79% dos usuários aceitariam mudar de plano para utilizar um serviço com a presença de anúncios. Isso, claro, se impactasse em uma redução significativa do valor da mensalidade.
Antes de mais nada é preciso entender quais serviços são esses. Streamings dizem respeito à tecnologia de transmissão de dados pela internet, principalmente áudio e vídeo, sem a necessidade de baixar o conteúdo. Alguns exemplos de uso de streamings são feitos pelas plataformas já conhecidas como a Netflix e o Prime Video.
Já a TV conectada é um dispositivo embutido ou que se conecta à uma televisão para oferecer suporte ao streaming de conteúdo de vídeo. Exemplo de dispositivos desse tipo incluem desde videogames como Xbox Series S e PlayStation 5 até aqueles voltados especificamente para essa funcionalidade, como Roku, Amazon Fire TV, Apple TV, entre outros.
Os resultados da pesquisa da Magnite mostram que essa abertura dos consumidores de streaming à publicidade é um novo caminho para os anunciantes e para o marketing.
É o que garante o diretor da área LATAM da companhia, Rafael Pallarés, que reforça que embora a publicidade de TVs conectadas ainda esteja em seus estágios iniciais, existe um grande potencial para esse formato.
De acordo com uma outra pesquisa da Magnite denominada “CTV na América Latina: O Futuro Adiante”, que ouviu consumidores do Brasil, Argentina e México, o público de streaming é mais engajado e aberto à públicidade que o público de TV aberta. Isso quer dizer que o espectador das plataformas consome as propagandas com mais atenção.
Além disso, os entrevistados afirmaram que gostam de descobrir novos produtos a partir de anúncios. Prova disso é que 52% deles realizam alguma ação, como buscar online ou comprar o item anunciado, após a exposição.
Com o aumento da concorrência, plataformas de streaming viram suas receitas ficarem negativas. É o caso da Netflix, que em 2022 teve seu primeiro resultado desfavorável.
Por isso, não é de se espantar que tais serviços busquem opções para diminuir o valor de suas mensalidades e atrair mais clientes. E é nesse ponto que a publicidade se apresenta como uma alternativa.
Em entrevista ao Canaltech, Daniela Galego, Head of Sales (líder de vendas) do Yahoo Brasil, disse que a publicidade digital pode ser uma saída para os serviços de streaming, pelo menos no que diz respeito às assinaturas que estão sendo canceladas por conta da diversidade e quantidade de opções no mercado.
Algumas empresas já vêm colhendo os frutos ao investir em anúncios nesses novos canais. A Netflix já afirmou que pretende adotar um plano mais barato suportado por publicidade e o Yahoo, por meio de sua AdTech, registrou um crescimento de 173% na receita de anúncios de TV conectada no Brasil, no último trimestre de 2021.
Quando questionada sobre essa nova realidade da públicidade, Daniela disse que acredita que investir em CTV e plataformas de streaming seja uma tendência muito forte para os próximos meses, uma vez que as marcas compreendem a importância de focar em campanhas para atrair a atenção do público de maneira genuína.
Já para conquistar essa atenção da audiência, a executiva do Yahoo garante que a análise de dados pode ser a chave do sucesso:
“Para atrair o público é necessário que os fabricantes e operadoras de TV utilizem os dados a seu favor, para, assim, analisar e compreender os gostos e preferências dos usuários. Isso porque os dados possibilitam que as marcas criem campanhas e estratégias mais assertivas, de acordo com o seu público-alvo. Para isso, as empresas precisam estar atentas ao comportamento dos perfis que pretendem alcançar para conseguir chegar cada vez mais próximo dos consumidores e fidelizar seus clientes. “
Ela ainda afirma que, por meio dessa análise de dados os publicitários, será possível oferecer anúncios sobre os produtos que o público gosta por meio de campanhas que irão entretê-los.
“Um exemplo disso são os anúncios que abordam uma história por trás do produto, ao invés de tentar induzir o consumidor à compra direta, como o anúncio de um tênis que determinado atleta utiliza para chegar à vitória de uma competição. Isso faz com que o público se sinta atraído e representado pela marca, criando, assim, uma conexão genuína entre ambos.”
O uso de dados pode ser um caminho de sucesso para a publicidade, mas como fica a privacidade da audiência? Questionada sobre esse ponto, a Head of Sales do Yahoo contou ao Canaltech que o brand safety é um conceito que deve ser cada dia mais bem trabalhado para que essa relação seja positiva para os dois lados.
“A ascensão da CTV pode gerar questionamentos em relação à privacidade, especialmente sobre como os dados dos usuários são coletados e compartilhados em plataformas e dispositivos. Diante disso, trabalhamos fortemente a questão do “Brand safety” que, em português, significa segurança de marca. Isso porque, em meio às revoluções tecnológicas que estamos vivendo, falar sobre as práticas “safe” é extremamente importante, especialmente para as marcas ou partidos que precisam pensar em suas estratégias ao rodarem campanhas publicitárias – e levando em consideração que seus anúncios não devem ser vinculados a conteúdos contraditórios. “
Resta saber se a publicidade vai conseguir trilhar esse novo caminho preservando a privacidade dos assinantes de serviços de streaming.
Confira matéria no Canaltech
Compartilhar
Telefone:
11 97853 5494E-mail:
[email protected]WhatsApp us