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29 de abril de 2022
Encomendada pelo LinkedIn, pesquisa aponta ainda que cerca 30% dos entrevistados deixaram seus empregos por falta de políticas flexíveis
Em cenário que reflete as mudanças do mercado de trabalho no pós-pandemia, dados levantados pelo LinkedIn mostram que 78% dos profissionais brasileiros acreditam que o período de isolamento social e restrições sanitárias os fez perceber que querem e precisam trabalhar com mais flexibilidade.
Esse levantamento encomendado pelo LinkedIn, divulgado na semana que antecede o Dia Internacional do Trabalhador (1º de maio), foi realizado pela Censuswide e entrevistou 1160 pessoas, entre homens e mulheres, de 21 de janeiro a 8 de fevereiro de 2022.
Foram de 8,2 milhões de profissionais que exerceram o teletrabalho entre maio e novembro de 2020, com concentração maior na região sudeste, no primeiro ano da pandemia de Covid-19, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) — o que corresponde a 11% dos profissionais ocupadas e não afastados na época. O perfil médio é de mulheres, brancos com escolaridade de nível superior completo e empregados no setor privado.
Voltada a esse público, a pesquisa da rede social profissional aponta também que cerca 30% dos entrevistados afirmaram terem deixado seus empregos por falta de políticas flexíveis em 2021 — sendo que quase 40% já consideraram esta possibilidade em algum momento da carreira.
Entre os motivos mais citados por quem busca esse tipo de vaga mais flexível estão equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal (49%), maior produtividade (43%) e melhora na saúde mental (40%). Cerca de 23% dos respondentes afirmam ainda que este modelo faria com que eles ficassem em um mesmo ambiente de trabalho por mais tempo.
No fim de março, o Poder Executivo editou a Medida Provisória 1108/22, que propõe a regulamentação do teletrabalho com objetivo aumentar a segurança dessa modalidade de trabalho.
A flexibilidade citada na pesquisa inclui eventuais interrupções que as pessoas possam fazer ao longo de suas trajetórias. Cerca de 79% dos entrevistados acreditam que uma pausa na carreira é importante para requalificação para um novo emprego. Mas mais da metade (67%) acreditam que interromper a carreira ainda é um estigma, tornando o candidato menos atraente para gerentes e recrutadores, por exemplo. Além da preocupação quanto à capacidade de se reajustar ao ritmo e reinserção ao mercado.
Para contornar essa questão na própria plataforma, o LinkedIn anunciou, no começo de março, uma nova funcionalidade da rede que permite títulos de justificação das pausas para fins pessoais e profissionais (transição de carreira, cuidados parentais, ano sabático e demissão são alguns exemplos).
A pesquisa mostra que aqueles que tiraram um tempo de seus trabalhos ganharam experiências e outras competências, como paciência, organização e tomada de decisão, comportamentos que os ajudaram também na vida profissional.
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