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13 de março de 2022
Pesquisa da Oliver Wyman, a qual EXAME teve acesso com exclusividade, mostra o que as pessoas de dez países (incluindo o Brasil) pensam sobre fake news
Uma pesquisa feita com 125 mil entrevistados em dez países aponta que mais de 60% das pessoas estão preocupadas com a possibilidade de cair em fake news. Mais de 80% acreditam que a desinformação é um problema atualmente. A maior parte das pessoas (53%) usa as mídias tradicionais de grande imprensa para se informar, e metade diz ter técnicas para identificar quando algum conteúdo é falso.
Os números são do estudo chamado ‘As novas pessoas moldando nosso futuro’, ao qual EXAME teve acesso com exclusividade. A pesquisa foi desenvolvida pela consultoria Oliver Wyman e ouviu pessoas de 18 a 65 anos no Brasil, Estados Unidos, México, Alemanha, França, Itália, Espanha, Reino Unido, Austrália e China.
Nesses dez países, 66% afirmam que podem identificar notícias falsas de maneira rápida, e pouco mais da metade, 52%, diz que tem técnicas para perceber quando uma informação não condiz com a verdade. Quando o recorte é feito especificamente pelo Brasil, 74% afirmam que conseguem identificar fake news rapidamente, e outros 66% desenvolveram maneiras próprias de fazer isso.
A pesquisa ainda desenvolveu uma escala, que vai de 1 a 5, para identificar o grau de confiança das pessoas nos governos e em empresas. O brasileiro é o que menos confia no governo, com uma pontuação de 2.3, enquanto que a média dos dez países testados ficou em 2.8. A nação que mais confia no próprio governo é o Canadá (3.1 de nota).
Quando a pergunta testou a confiança nas empresas, o Brasil ficou com uma pontuação de 3.1, atrás de países como China (3.7), México (3.4) e Reino Unido (3.4). O nível de confiança geral, entre os 125 mil entrevistados, ficou em 3.4. Mais de dois terços da população dos dez países (65%) acredita que as empresas estão fazendo o possível para combater notícias falsas. Já no Brasil, este mesmo número cai para 56%.
“Há um grande desafio para combater notícias falsas, e nesse sentido é fundamental que as empresas em geral – não apenas as de mídia/informação – se posicionem a favor da verdade e contra a desinformação”, diz Gontijo, a diretora de serviços financeiros da Oliver Wyman.
125 mil entrevistados, de 18 a 65 anos, em 10 países (Brasil, Estados Unidos, México, Alemanha, França, Itália, Espanha, Reino Unido, Austrália e China).
Confira matéria na Exame
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