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2 de fevereiro de 2022
São Paulo – Eleito ontem para a presidência nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o amazonense Beto Simonetti, de 43 anos, tomou posse nesta terça-feira (1º) afirmando que a entidade não fará oposição a governos ou partidos. “A OAB terá diálogo com todos os poderes, com todas as instituições da República. Por causa de nossa história, de nossa participação ativa na construção da democracia, somos sempre chamados a participar das grandes questões do país. Neste ano eleitoral, certamente, não será diferente”, afirmou.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse estar disposto a conversar até mesmo com o ex-juiz Sergio Moro. “Apesar de ele ter feito o que fez com a advocacia brasileira”, declarou Simonetti. Ao portal G1, ele defendeu a vacina contra a covid-19: “Está provado que a vacina é o caminho da salvação. Defender a ciência é defender a Constituição e se posicionar contra o negacionismo”. E chamou as fake news de “câncer para a democracia brasileira”.
Candidato único à sucessão de Felipe Santa Cruz, ele recebeu 77 dos 80 votos – houve ainda dois em branco e um nulo. O mandato vai até 31 de janeiro de 2025. Também foram eleitos Rafael Horn (Santa Catarina, vice), Sayury Otoni (Espírito Santo, secretária-geral), Milena Gama (Rio Grande do Norte, secretária-geral-adjunta) e Leonardo Campos (Mato Grosso, tesoureiro).
Segundo o novo presidente, novas regras de inclusão racial e de gênero estão sendo aplicadas na Ordem, que se tornará “mais diversa”, ajudando na tomada de decisões. “Somos quase 1 milhão e 300 mil. Temos que usar nossa diversidade em nosso favor”, afirmou. “Cinco seccionais serão comandadas por mulheres nos próximos anos. Da mesma forma, as subseções terão ainda mais lideranças femininas”, disse Simonetti.
Ele enfatizou o discurso da independência, afirmando que a “ideologia” da OAB é a Constituição. Seu antecessor no cargo entrou em confronto direto com o atual presidente da República, depois que este fez referências ao pai de Felipe Santa Cruz, que foi morto durante a ditadura.
Ainda ao G1, Beto Simonetti vê o Brasil em uma “democracia madura”, segundo definiu, após um período de transição. “É claro que há alguns excessos aí – e não sou eu que digo isso, a sociedade sente –, que há excessos de todos os lados. Nós vivemos infelizmente um momento muito turbulento, muito truculento da nossa história. Mas eu não acredito num retrocesso, de verdade.”
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