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46% dos consumidores não confiam em publicidades voltadas à sustentabilidade

Fonte: Propmark

9 de agosto de 2023

Durante o 10º Congresso Abep, foram divulgados dados da 4ª edição do estudo “Who Cares? Who Does?”, realizado pela Kantar.

Consumidores

Segundo estudo, os consumidores são separados em três categorias: Eco-Actives, compradores que se preocupam muito com o meio ambiente e estão tomando as medidas necessárias para reduzir o desperdício; Eco-Considerers, que também estão preocupados com o meio ambiente e os resíduos plásticos, mas não realizam muitas ações para reduzir o desperdício; Eco-Dismissers, compradores que pouco ou nada se preocupam com o meio ambiente e não tomam medidas para reduzir o desperdício.

Neste ano, pela primeira vez os Eco-Ativos caem e os Eco-Dismissers crescem globalmente. O Brasil segue abaixo das médias globais e marca um baixo número de consumidores engajados com a sustentabilidade.

Economia x Consumo sustentável

O estudo apresenta que, no Brasil, a inflação é impulsionada pelos preços de alimentos e bebidas, levando famílias a aumentar os gastos em mais de 50% comparado ao pré-pandemia em cestas como perecíveis e commodities

“Who Cares? Who Does?” mostra que de 5 em cada 10 consumidores concordam que tiverem dificuldade em manter o consumo consciente por razões econômicas ou sociais, no Brasil e no mundo. Sendo assim, em uma situação de pressão econômica, naturalmente consumidores com menor poder aquisitivo tendem a ser os Eco-Dismissers.

Papel do consumidor na sustentabilidade

Dados da pesquisa apontam que 1/4 dos shoppers já entendem que a responsabilidade de ser sustentável vem deles, ao passo que a responsabilidade é menos atribuída aos políticos e mais compartilhada com fabricantes e varejistas.

No entanto, entende-se que não basta apenas dar acesso aos produtos sustentáveis, é necessário também pensar em formas de educar o consumidor. Mais de 30% dos consumidores têm problemas para saber o que podem reciclar em casa, mais de 40% deles não entendem a etiqueta de reciclagem das embalagens/não encontram informações sobre reciclagem nas embalagens.

Credibilidade das marcas

Quase metade dos consumidores não confia em ações publicitárias voltadas à sustentabilidade, as considerando apenas uma ferramenta de marketing.

57% dos consumidores não sabem ou não associam nenhuma marca ao tema sustentabilidade; 46% concordam que as empresas só se preocupam com o lucro e ações sustentáveis são ferramentas de marketing; 27% acreditam que os fabricantes dos produtos são os maiores responsáveis pelos danos ambientais; 43% mencionam alguma marca ou produto.

Marcas com históricos bem construídos são as únicas que conseguem se destacar, sustentando a performance dos anos anteriores. Natura, Ypê, Omo, Coca-Cola e O Boticário são as marcas mais lembradas pelos consumidores.

Para os varejistas, o cenário é ainda mais desafiador, o consumidor ainda não entende o papel dos varejistas no cenário de sustentabilidade e menos de 1/4 deles consegue mencionar algum tipo de loja.

Por que continuar engajando o tema sustentabilidade?

Apesar informações de mercado mostradas pela “Who Cares? Who Does?”, marcas que se associam aos Eco-Activies estão crescendo entre 2 a 7 vezes mais rápido do que a média – sendo um número impressionante e incentivador para marcas continuarem engajando o tema.

Confira matéria no Propmark

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Sobre

A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) foi fundada em 1º de agosto de 1949 para defender os interesses das agências de publicidade junto à indústria da comunicação, poderes constituídos, mercado e sociedade. Dentre suas realizações estão a cofundação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP), do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) e do Instituto Palavra Aberta.